2007-06-05

Para lá dos recantos, dos segredos da alma.


Para lá dos recantos, dos segredos da alma,
Das crenças e superstições.
Distante fica o corpo, observando-nos em fuga…

Retenho o cheiro da seara ceifada,
Os fardos de formas geométricas,
O aroma do caule cortado, multiplicado…

Tenho o segredo de mim,
Sei-me fazer feliz,
Egoísta do que não sei nem quero saber…

Olho para cima e invento deuses,
Faço do que me ensinaram,
Sei que não tenho a chave…

Tenho a porta aberta,
Numa amplitude incerta,
O suficiente para passar…

…A areia que desliza na ampulheta…
O mecanismo gravítico, movimento manual que prolonga o tempo,
Não me posso esquecer de a virar…
Escorre e dá-me a medida do que existi, do que existo, do que tenho para dar.
Sou eu que te peço, agora que te virei.
Vejo o amontoado de tempo, acumulando-se no fundo,
O fio de areia que o aumenta…Escorre e responde-me granulado temporal…

Obrigado!
Pelo teu silêncio de frequências, rumor de partículas roçando-se.
Obrigado por me fazeres olhar…
Para lá dos recantos, dos segredos da alma.

4 comentários:

Titá disse...

Obrigada pelo tempo que nso dás.

Beijo

Moura ao Luar disse...

Beijo

pb disse...

O tempo...parece que cada vez passa mais depressa, tenho saudades do tempo de antigamente, era mais devagar...um abraço, primo

Elsa Sequeira disse...

Olá Paulo!!
Adorei este momento, no inicio desta manhã de folga!!

beijinhos!
:)